Reconstruída, ponte no bairro Cafezópolis passará a se chamar Manoel Marques; assista
A conhecida como ponte Preta, no bairro Cafezópolis, que foi reconstruída recentemente, passará a se chamar Manoel Marques (Manelito).
A homenagem é de minha autoria e foi aprovada na sessão da Câmara Municipal do último dia 29 de abril.
O sobrinho Marco Aurélio Marques e a esposa, Adriana, representaram a família durante a leitura e votação do projeto de lei.
Fotos: Angelo Cardoso/Assessoria de Comunicação da Câmara - 29/04/2024 e álbum de família
AUTÓGRAFO N.º 40, DE 29 DE ABRIL DE 2024
“Denomina Manoel Marques (Manelito), a Ponte sobre o Ribeirão Baguaçu, no Bairro Rural Cafezópolis”
(Projeto de Lei n.º 38/2024, do Vereador Dr. Alceu – PSDB)
A CÂMARA MUNICIPAL DE ARAÇATUBA DECRETA:
Art. 1.º Fica denominada Manoel Marques (Manelito) a ponte sobre o Ribeirão Baguaçu (conhecida como Ponte Preta), no Bairro Rural Cafezópolis.
Art. 2.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
O presente projeto de lei pretende homenagear postumamente o senhor Manoel Marques, conhecido carinhosamente como Manelito, natural de Araçatuba, que foi um oleiro, comerciante, empresário, e pecuarista, e que contribuiu para o crescimento da cidade.
Para tanto estamos denominando de “Manoel Marques” (Manelito) a ponte sobre o Ribeirão Baguaçu, até então conhecida como Ponte Preta, a qual foi reconstruída recentemente, região esta de operação e influência de sua família.
Seguem, anexos a este projeto, cópia da certidão de óbito, histórico do nosso homenageado e Of.C01-86/24, expedido pela Prefeitura Municipal de Araçatuba, em conformidade com as exigências legais.
Diante do exposto, contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação deste projeto, e solicitamos sua apreciação nos termos do art. 175, inciso II, da Resolução nº. 2.051, de 2022 (Regimento Interno).
Sala das Sessões, 26 de março de 2024
DR. ALCEU
VEREADOR – PSDB
HISTÓRICO
Manoel Marques (Manelito), falecido no dia 07 de março de 2016, foi oleiro, comerciante, empresário e pecuarista, nasceu em Araçatuba no dia 30 de janeiro de 1931, filho de João Marques e Olinda Lopes Marques, foi casado com a Sra. Magali Rodrigues Marques (in memoriam), não tiveram filhos.
Filho de imigrantes portugueses que vieram ao Brasil atraído pela expansão ferroviária na região noroeste do Estado de São Paulo, Manoel Marques (Manelito), foi o terceiro filho de João Marques e Olinda Lopes Marques.
A família Marques se dedicou inicialmente a fabricação de tijolos, com olarias arrendadas e posteriormente adquiridas nos Bairros Goulart, Alvorada, São José e Laborioux e nas cidades de Birigui, Guararapes, Rubiácea, Bento de Abreu, Valparaíso e Lavínia. Constituíram também, um importante comércio atacadista até com importação de gêneros portugueses, com distribuição garantida através da nova linha férrea para toda região e Mato Grosso. A Casa Marques, na XV de Novembro com General Glicério, hoje Casa Fernandes, era o ramo varejista.
Ainda como oleiros, destinaram investimentos com aquisição de propriedades para extração de barro e ramo pecuário. A partir de uma visão singular, passaram a adquirir bezerros “cruzados”, uma espécie preterida, numa época em que somente se comercializava o boi magro.
A brilhante ideia de retirar os bezerros do rebanho de produtores leiteiros, que valorizavam as fêmeas e ainda precisavam aguardar um tempo até que o rebanho macho atingisse a idade adulta - “boi magro” - garantiam ao negócio um grande volume a preços menores, já que o produtor leiteiro conseguia antecipar a disponibilização de área de pastagem para as fêmeas.
Associado a isso, a chegada do Nelore, desestimulou a procura por gado dessa espécie, menos “apurado”. Essa prática pioneira de se adquirir bezerros conquistou outros invernistas na região e teve seu auge nas décadas de 50/60/70, com intensa comercialização direta na “Praça do Boi” e subsiste, com fomentos em todas as plataformas referenciais da commoditie.
Seu pai: Sr. João Marques, português, faleceu quando Manelito ainda era criança, fazendo com que assumisse as obrigações de produção de tijolos, compra, recria, engorda, comercialização de bovinos e demais assuntos relacionados às finanças da família. Sua mãe: Sra. Olinda Lopes Marques, o elegeu para essas demandas.
Mesmo não sendo o filho mais velho, colocava sobre seus ombros, desde pequeno, inúmeras responsabilidades, mas também o impulsionava em sua vocação filantrópica, quando fornecia gratuitamente tijolos para construção de importantes igrejas, asilos e entidades assistenciais na região, tais como Benedita Fernandes, Asilo São Vicente, Abrigo Ismael, entre outros.
O Lar São João é o último lugar que recebeu e utilizou em toda a edificação à última remessa de produção de tijolos da família, oriundo da olaria “Barro Preto”, na Fazenda Dona, Bairro Goulart.
Sr. Manoel Marques (Manelito), além de sua mãe, recebeu inspiração para ajudar o próximo pela Sra. Benedita Fernandes, quem admirava e
para quem adquiriu um par de sapatos, por ocasião de seu velório, uma vez que ela só tinha chinelos, todo calçado que tinha e recebia doava. Estudou muito pouco, mas conhecia de “todas as ciências”. Casou já “maduro” com Sônia Magali Rodrigues Marques (in memoriam), não tiveram filhos.
Fez parte da fundação da Cobrac (Cooperativa Agropecuária do Brasil Central), sendo sócio fundador número 13. Participou do início do Frigorífico Araçatuba e da Abrapec (Associação Brasileira de Pecuaristas).
A figura icônica de um velhinho caminhando sem pressa pelo centro, se tornou uma legenda, era o Manelito: “barrigudo” com suspensório e cinto (português), camisa e calça claras, caneta bic no bolso, cumprimentava todos com cordialidade, respeito e um sorriso amigo.
Podemos dizer que um legado significativo do Sr. Manoel Marques (Manelito) é o Lar São João. Foi por ele construído a partir da idealização de seu irmão João Marques Filho, com a participação de outros com "sangue lusitano”, hoje administrado por uma associação dos portugueses, com envolvimento direto de seus sobrinhos.
Trata-se de um cidadão que fez a diferença na vida da comunidade, deixou exemplos que inspiram sua família e contribuiu para o crescimento de nossa cidade.
SANÇÃO
Sancionado pelo prefeito Dilador Borges e publicado no Diário Oficial do Município em 24/05/2024, o projeto 38/2024 passou a vigorar como Lei 8.786, de 22 de maio de 2024.
A homenagem é de minha autoria e foi aprovada na sessão da Câmara Municipal do último dia 29 de abril.
O sobrinho Marco Aurélio Marques e a esposa, Adriana, representaram a família durante a leitura e votação do projeto de lei.
Fotos: Angelo Cardoso/Assessoria de Comunicação da Câmara - 29/04/2024 e álbum de família
AUTÓGRAFO N.º 40, DE 29 DE ABRIL DE 2024
“Denomina Manoel Marques (Manelito), a Ponte sobre o Ribeirão Baguaçu, no Bairro Rural Cafezópolis”
(Projeto de Lei n.º 38/2024, do Vereador Dr. Alceu – PSDB)
A CÂMARA MUNICIPAL DE ARAÇATUBA DECRETA:
Art. 1.º Fica denominada Manoel Marques (Manelito) a ponte sobre o Ribeirão Baguaçu (conhecida como Ponte Preta), no Bairro Rural Cafezópolis.
Art. 2.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
O sobrinho Marco Aurélio Marques e a esposa, Adriana, representaram a família |
JUSTIFICATIVA
O presente projeto de lei pretende homenagear postumamente o senhor Manoel Marques, conhecido carinhosamente como Manelito, natural de Araçatuba, que foi um oleiro, comerciante, empresário, e pecuarista, e que contribuiu para o crescimento da cidade.
Para tanto estamos denominando de “Manoel Marques” (Manelito) a ponte sobre o Ribeirão Baguaçu, até então conhecida como Ponte Preta, a qual foi reconstruída recentemente, região esta de operação e influência de sua família.
Seguem, anexos a este projeto, cópia da certidão de óbito, histórico do nosso homenageado e Of.C01-86/24, expedido pela Prefeitura Municipal de Araçatuba, em conformidade com as exigências legais.
Diante do exposto, contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação deste projeto, e solicitamos sua apreciação nos termos do art. 175, inciso II, da Resolução nº. 2.051, de 2022 (Regimento Interno).
Sala das Sessões, 26 de março de 2024
DR. ALCEU
VEREADOR – PSDB
HISTÓRICO
Manoel Marques (Manelito), falecido no dia 07 de março de 2016, foi oleiro, comerciante, empresário e pecuarista, nasceu em Araçatuba no dia 30 de janeiro de 1931, filho de João Marques e Olinda Lopes Marques, foi casado com a Sra. Magali Rodrigues Marques (in memoriam), não tiveram filhos.
Filho de imigrantes portugueses que vieram ao Brasil atraído pela expansão ferroviária na região noroeste do Estado de São Paulo, Manoel Marques (Manelito), foi o terceiro filho de João Marques e Olinda Lopes Marques.
A família Marques se dedicou inicialmente a fabricação de tijolos, com olarias arrendadas e posteriormente adquiridas nos Bairros Goulart, Alvorada, São José e Laborioux e nas cidades de Birigui, Guararapes, Rubiácea, Bento de Abreu, Valparaíso e Lavínia. Constituíram também, um importante comércio atacadista até com importação de gêneros portugueses, com distribuição garantida através da nova linha férrea para toda região e Mato Grosso. A Casa Marques, na XV de Novembro com General Glicério, hoje Casa Fernandes, era o ramo varejista.
Ainda como oleiros, destinaram investimentos com aquisição de propriedades para extração de barro e ramo pecuário. A partir de uma visão singular, passaram a adquirir bezerros “cruzados”, uma espécie preterida, numa época em que somente se comercializava o boi magro.
A brilhante ideia de retirar os bezerros do rebanho de produtores leiteiros, que valorizavam as fêmeas e ainda precisavam aguardar um tempo até que o rebanho macho atingisse a idade adulta - “boi magro” - garantiam ao negócio um grande volume a preços menores, já que o produtor leiteiro conseguia antecipar a disponibilização de área de pastagem para as fêmeas.
Associado a isso, a chegada do Nelore, desestimulou a procura por gado dessa espécie, menos “apurado”. Essa prática pioneira de se adquirir bezerros conquistou outros invernistas na região e teve seu auge nas décadas de 50/60/70, com intensa comercialização direta na “Praça do Boi” e subsiste, com fomentos em todas as plataformas referenciais da commoditie.
Seu pai: Sr. João Marques, português, faleceu quando Manelito ainda era criança, fazendo com que assumisse as obrigações de produção de tijolos, compra, recria, engorda, comercialização de bovinos e demais assuntos relacionados às finanças da família. Sua mãe: Sra. Olinda Lopes Marques, o elegeu para essas demandas.
Mesmo não sendo o filho mais velho, colocava sobre seus ombros, desde pequeno, inúmeras responsabilidades, mas também o impulsionava em sua vocação filantrópica, quando fornecia gratuitamente tijolos para construção de importantes igrejas, asilos e entidades assistenciais na região, tais como Benedita Fernandes, Asilo São Vicente, Abrigo Ismael, entre outros.
O Lar São João é o último lugar que recebeu e utilizou em toda a edificação à última remessa de produção de tijolos da família, oriundo da olaria “Barro Preto”, na Fazenda Dona, Bairro Goulart.
Sr. Manoel Marques (Manelito), além de sua mãe, recebeu inspiração para ajudar o próximo pela Sra. Benedita Fernandes, quem admirava e
para quem adquiriu um par de sapatos, por ocasião de seu velório, uma vez que ela só tinha chinelos, todo calçado que tinha e recebia doava. Estudou muito pouco, mas conhecia de “todas as ciências”. Casou já “maduro” com Sônia Magali Rodrigues Marques (in memoriam), não tiveram filhos.
Fez parte da fundação da Cobrac (Cooperativa Agropecuária do Brasil Central), sendo sócio fundador número 13. Participou do início do Frigorífico Araçatuba e da Abrapec (Associação Brasileira de Pecuaristas).
A figura icônica de um velhinho caminhando sem pressa pelo centro, se tornou uma legenda, era o Manelito: “barrigudo” com suspensório e cinto (português), camisa e calça claras, caneta bic no bolso, cumprimentava todos com cordialidade, respeito e um sorriso amigo.
Podemos dizer que um legado significativo do Sr. Manoel Marques (Manelito) é o Lar São João. Foi por ele construído a partir da idealização de seu irmão João Marques Filho, com a participação de outros com "sangue lusitano”, hoje administrado por uma associação dos portugueses, com envolvimento direto de seus sobrinhos.
Trata-se de um cidadão que fez a diferença na vida da comunidade, deixou exemplos que inspiram sua família e contribuiu para o crescimento de nossa cidade.
SANÇÃO
Sancionado pelo prefeito Dilador Borges e publicado no Diário Oficial do Município em 24/05/2024, o projeto 38/2024 passou a vigorar como Lei 8.786, de 22 de maio de 2024.
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